“No início de 1971, uma comissão de amigos da A.H.B.V.P.F, num ato de “grande garbosidade” ofereceu à coletividade uma “fanfarra”, com todos os valores que a constituíam, cuja relação foi entregue à Direcção dos Bombeiros. Apesar do pequeno “deficit”, a Direcção de José Augusto Moreira de Sousa Lobo considerou o gesto digno dos maiores “encómios” e, considerando que não invalidava os fins para que a Associação foi criada, nem a desprestigiava, resolveram aceitar a integração da referida “Fanfarra” no património da Associação, solvendo o encargo. Nessa altura, foi ainda decidido criar uma comissão (constituída por José Maria Martins Gonçalves e Napoleão Meira Laranjeira) que, em conjunto com a Direção, se encarregassem de gerir e dirigir a fanfarra.

Passando a designar-se Fanfarra dos Bombeiros Voluntários de Paços de Ferreira, a admissão de novos elementos teria de ter a anuência da Direção, para além da escolha ter de recair em indivíduos de comprovada idoneidade para as funções, que gozassem de boa conduta moral e não ostentassem ideias contrárias às da Associação Humanitária. No entanto, deliberou a Direção, que os seus elementos poderiam ser estranhos à coletividade, desde que se encontrassem nessas condições, passando a ter a designação de auxiliares de bombeiros, somente com a missão de colaborarem nas atividades da fanfarra.”

 

Durante os anos setenta, o bom trabalho desenvolvido pela Fanfarra fez-se notar no saldo positivo apresentado em reuniões de Direção assim como na crescente aproximação desta Associação, e do seu bom nome, a outras instituições do concelho e a localidades da região.

No entanto, pelos anos oitenta, mesmo havendo pelo início um crescimento desta manifestado na aquisição de novos instrumentos e novos fardamentos, vários problemas ocorreram levando ao seu desmembramento.

Já em 2000, com direção liderada por Gabriel Alves, a fanfarra voltou a levantar interesse assim como a sua reestruturação. Por mão de Sérgio Trabuco, a criação de novos toques festivos, a inovação de fardamentos e a aposta na criatividade das atuações, levou a que desde então a atividade fosse constante, tornando a Fanfarra indispensável neste corpo de bombeiros.

Em 2012, em jeito de “Passagem de Testemunho”, quatro elementos desta fanfarra (Filipe Rodrigues, Luis Moura, Alfredo Coelho e António Silva) agarraram este projeto com um novo rumo, dinamizando-o e alargando a potencialidade do mesmo. Nesse primeiro ano, contaram com cerca de 30 elementos e apenas 7 participações em cerimónias festivas, sendo já visível a potencialidade do grupo que estavam a construir.

Com introdução de vários elementos, reformulação e criação de performances, em 2014 arrecadam o 3º lugar no desfile de Fanfarras organizado pelos BV de Paredes. Dois anos depois, organizam o seu próprio desfile de Fanfarras na cidade de Paços de Ferreira, juntando 8 fanfarras maioritariamente do distrito do Porto.

O ano de 2017 referem como um ano de vitórias, saldo positivo e um total de 28 atuações.

Atualmente, é constituída por cerca de meia centena elementos, com idades compreendidas entre 6 e os 72 anos de idade, divididos pelos mais diversos instrumentos: Bastão, Bombo, Pratos, Timbalão, Caixa de Música (Tarola), Caixa Normal e Instrumentos de Sopro. Continuam com uma atividade constante, tendo várias participações em festas religiosas, desfiles, atuações carnavalescas e receção de entidades oficiais.

 

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   /Fanfarra Dos Bombeiros Voluntários de Paços de Ferreira